Artigo de opinião de Pedro Rodrigues Ribeiro, Investigador do Human Neurobehavioral Laboratory da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, Porto e de Patrícia Oliveira-Silva, Directora do Human Neurobehavioral Laboratory da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa
A odisseia do cérebro dura há mais de dois milénios, entre incríveis descobertas que alteraram para sempre a nossa conceção tanto da pessoa humana como da nossa anatomia e fisiologia. Na semana internacional do cérebro, que em Portugal se comemora de 8 a 15 de março, fazemos uma viagem pelo caminho percorrido, mas também por aquele que ainda falta percorrer.
Para Aristóteles o cérebro tinha o propósito único de impedir que o coração sobreaquecesse. Galeno de Pérgamo sugeriu que os controlos motor e executivo se concentravam nos quatro ventrículos do cérebro, sendo esta ligação mais tarde refutada. Vesalius criou o primeiro mapa do sistema nervoso. Dois séculos mais tarde o italiano Galvani descobriu o papel dos impulsos elétricos no sistema nervoso.