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José Matias Alves: “E não nos deixeis cair na tentação”

Terça-feira, Março 21, 2023 - 11:31
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Público

Artigo de opinião por José Matias Alves, docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica.

A negociação parece assemelhar-se a um jogo de imposição e do "tudo ou nada". O "dar-se ao respeito" terá, provavelmente, de passar por exigências passíveis de serem faseadas.

Vivemos tempos caóticos na educação. Em parte, como consequência de um disruptivo estatuto da carreira docente que se começou a desenhar em 2006. E de um exercício profissional que viu progressivamente enredado numa teia de deveres burocráticos que foi ajudando a destruir a “paixão de ser professor”.

Ao longo destes anos, a panela de pressão foi atingindo limites insustentáveis. Há “mil e uma razões e sentimentos” para os professores reclamarem e protestarem: a precariedade, o “tempo congelado”, a “casa às costas”, o estrangulamento no acesso ao 5.º e 7.º escalão, a avaliação estrangulada pelas quotas, o inferno da burocracia, a dificuldade de fazer aprender aqueles alunos que se não reveem no “currículo uniforme pronto a vestir”, a desautorização frequente das “autoridades”… são algumas das faces do descontentamento e da exaustão. Mas deve também admitir-se que neste caldo de exigências há reclamações de difícil sustentação, servindo de exemplo tudo o que tem a ver com o regime (e o modelo) de recrutamento dos docentes.

Leia o artigo na íntegra aqui.