Marco Valerio veio de Itália para o Porto ao abrigo de um doutoramento em regime de co-tutela entre a LUMSA – Libera Università Maria Santissima Assunta (Itália) e a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP). O doutorando descreve o período de mobilidade de seis meses como uma experiência “académica e pessoalmente significativa”. Há vivências que nos desafiam, que nos fazem crescer e que nos mostram novos caminhos, e esta foi, para Marco, uma delas.
Com uma investigação de doutoramento focada na formação de professores, especificamente na preparação de futuros professores do ensino primário, e um especial interesse em compreender como o desenvolvimento sustentável e a cidadania estão a ser integrados nos programas de formação inicial para docentes, Marco encontrou na FEP-UCP um espaço fértil para o diálogo, para a aprendizagem e para a construção conjunta de conhecimento.
“Desde o início senti-me acolhido e incentivado. Mais do que uma experiência académica, esta foi uma vivência humana profundamente marcante”, afirma Marco, com entusiasmo.
Um ambiente estimulante que encoraja a proatividade e a iniciativa
Durante seis meses, Marco integrou-se plenamente no ecossistema académico dinâmico e colaborativo da FEP-UCP. Trabalhou de perto com Marisa Carvalho, docente na FEP-UCP e supervisora local da sua investigação em Portugal, e participou na conferência internacional EDULEARN 2025, onde apresentou uma parte do seu trabalho de doutoramento.
Mas a experiência não se ficou por aí: envolveu-se ativamente em dois programas de mobilidade internacional (Blended Intensive Programmes - BIPs), um na Roménia e outro no Porto, experiências que uniram estudantes, investigadores e docentes de vários países em torno de desafios educativos globais. Neles, não só participou, como planeou e dinamizou workshops, consolidando competências de comunicação, liderança e trabalho em equipa num contexto internacional.
Aprender com os desafios e crescer com as pessoas
Embora tenha contado com um ambiente acolhedor e uma cultura académica fortemente cooperante, a mobilidade não esteve isenta de desafios. As barreiras linguísticas e a complexidade logística de desenvolver estudos de caso em instituições externas, num curto período de tempo, exigiram capacidade de adaptação. No entanto, estas dificuldades foram superadas com sucesso graças à sólida rede de apoio encontrada na FEP-UCP.
"Aprendi a ser flexível e a confiar no processo. O apoio da minha orientadora e dos colegas da faculdade foi essencial. Percebi que ouvir quem tem mais experiência e ajustar o percurso são passos importantes para garantir a sustentabilidade de um projeto de investigação", acrescenta.
Uma mensagem para futuros doutorandos: o valor humano da mobilidade académica internacional
Para estudantes de doutoramento que ponderem realizar uma mobilidade internacional, sobretudo no contexto de co-tutela na FEP-UCP, Marco Valerio deixa uma mensagem clara: "Mergulhem de corpo e alma na experiência. Não se trata apenas de enriquecer o currículo, mas de se envolverem verdadeiramente, de serem curiosos e proativos. Quando nos entregamos ao processo, a transformação acontece — e não é apenas académica, é pessoal."
O doutorando considera que alguns dos seus momentos mais memoráveis estão ligados às relações humanas que construiu: “a gentileza e a atenção da minha orientadora, dos colegas e de outros membros do corpo docente fizeram-me sentir acolhido e apoiado para além do nível académico.”
Por fim, considera especialmente gratificante ter tido a oportunidade de apresentar e discutir o seu trabalho, desenvolvido entre a LUMSA University e a FEP-UCP: “Apresentar o meu trabalho, receber feedback e ver o nível de interesse que gerou ajudou-me a compreender a relevância e o potencial impacto da minha investigação. Foi um poderoso sinal da importância de colocar o trabalho académico solitário em diálogo com os outros.”, remata.