Erasmus+ promove práticas pedagógicas inovadoras e abre horizontes para alunos e professores

Quarta-feira, Dezembro 10, 2025 - 12:58

O Programa Erasmus+ continua a ser um motor de inovação pedagógica nas escolas portuguesas, criando ambientes de aprendizagem inclusivos, colaborativos e interculturais. Esta é a principal conclusão do estudo “Visões partilhadas sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas no quadro do Erasmus+, publicado na revista “Educação & Pesquisa”, e que conta com a coautoria de Cristina Palmeirão, da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP).

A investigação analisou documentos oficiais e recolheu testemunhos do diretor e da coordenadora de um agrupamento TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) do norte de Portugal. Estes agrupamentos estão localizados em contextos socialmente mais vulneráveis e recebem apoio adicional para combater o insucesso, o abandono e o absentismo escolar. O objetivo do estudo foi identificar as práticas pedagógicas mais valorizadas e compreender o impacto do programa nas competências dos alunos.

Metodologias ativas e aprendizagens únicas

Os resultados mostram que o Erasmus+ promove práticas pedagógicas interativas, como multiliteracias e discussão, aprendizagem experimental, integrada e combinada, gamificação e pensamento computacional. Estas abordagens desenvolvem competências essenciais para o século XXI, como autonomia, pensamento crítico e criativo, sensibilidade estética, comunicação e colaboração, criando experiências de aprendizagem personalizadas, inclusivas e geradoras de conhecimento.

Segundo Cristina Palmeirão, “o Erasmus+ desafia-nos a pensar para além da sala de aula, promovendo uma cultura de aprendizagem holística e oportunidades únicas para alunos e professores”.

Impacto real na escola e na comunidade

O estudo revela que o programa não só enriquece o currículo com projetos inovadores, como robótica, impressão 3D, rádio escolar, teatro e literacias digitais, mas também abre horizontes culturais através da mobilidade internacional.

Além das aprendizagens académicas, o Erasmus+ fomenta competências socioemocionais e interculturais, preparando os jovens para uma cidadania ativa e para os desafios globais. Como refere o artigo, cada competência adquirida é um ganho conseguido, porque proporciona aprendizagens de natureza diversa.

Um programa alinhado com as políticas educativas

Assente nos princípios da educabilidade, inclusão e flexibilidade curricular, o Erasmus+ responde às orientações da UNESCO para “reimaginar os futuros da educação” e às metas do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. A investigação conclui que o programa é uma mais-valia para o projeto educativo das escolas e para a comunidade, reforçando a qualidade das aprendizagens e o desenvolvimento integral dos alunos.