Marisa Carvalho, Docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa – Porto.
Vivemos tempos difíceis, vivemos tempos de guerra. São tempos que se fazem acompanhar da sensação de imprevisibilidade, incerteza e incontrolabilidade. São tempos de tristeza, angústia e desesperança. É disto que ouvimos falar diariamente nas televisões, nas rádios, nos jornais, nas redes sociais, na fila do supermercado ou à entrada do café. Acontecimentos de guerra invadem o nosso espaço, os nossos pensamentos e sentimentos.
Porquê, então, falar em esperança em tempos de guerra? Entendemos a esperança como uma emoção orientada para um objetivo específico e significativo no futuro, que nos conduz a uma situação diferente da que nos encontramos no presente. Ora, como não falar de esperança? Em primeiro lugar, na esperança há futuro, na esperança há a expectativa de um futuro melhor. Na esperança, compreendemos o passado e o presente, mas partimos do presente para o futuro com um sentido pessoal de propósito, de missão. Face a acontecimentos negativos, a esperança permite-nos acreditar na mudança, neste caso, no fim da guerra. Em segundo lugar, na esperança há ação, na esperança encontramos a energia necessária para planear ações dirigidas a um futuro melhor e para agir. Face a acontecimentos negativos, a esperança foca-nos no que podemos fazer, por nós e pelos outros. E nestes tempos de guerra, encontramos sinais de esperança em pequenos nadas e em grandes ações.
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