A passagem pelo ensino superior é uma etapa fundamental de desenvolvimento, sendo a universidade um contexto por excelência de crescimento intelectual, psicológico, social e emocional. Trata-se de uma oportunidade que, felizmente, deixou de ser o privilégio de alguns, para ser um direito de (quase) todos. Se em 1960, em Portugal, apenas 0,6% da população tinha concluído o ensino superior, em 2021 essa taxa estava acima dos 20% e, entre os 30 e os 34 anos, acima de 45%. O que temos de enfrentar para que o ensino superior esteja, de facto, ao alcance de todas e de todos em Portugal, seria um tópico de análise muito relevante. Mas vou centrar-me na responsabilidade que a universidade tem para com os seus estudantes para que não se desperdice a oportunidade de desenvolvimento que o ensino superior representa. Essa responsabilidade passa pela garantia de três condições, para além da condição inequívoca de que a universidade deve ser, antes de mais, um contexto de aprendizagem e de aquisição de ferramentas essenciais para a realização de aprendizagens ao longo da vida.
1. A universidade como contexto promotor de desenvolvimento integral Para além da sala de aula (física, não virtual), devem ser proporcionados encontros noutros espaços da universidade e fora dela. São essenciais as oportunidades de ‘aprender fazendo’, de ir ao terreno, conhecer parceiros, espreitar o mercado de trabalho. Devem ser trabalhados o ‘saber estar’, a integridade e a ética académica e profissional; organizadas iniciativas que promovam a consolidação de novas redes sociais, de novas amizades; proporcionadas experiências de internacionalização e promovido o desenvolvimento cultural.
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