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Vânia Sousa Lima: "Depois da morte de um filho, deixamos de viver para sobreviver"

Thursday, June 6, 2024 - 15:58
Publication
O Regional

Entrevista a Vânia Sousa Lima, docente da Faculdade de Educação e Psicologia.

Fomos procurar histórias de sanjoanenses que perderam filhos e que, ao fim de décadas, assumem que a ferida continua por sarar.

O assunto da morte de um filho é incómodo, tanto para quem entrevista, como para quem está à nossa frente. Há pausas forçadas nas respostas. Lágrimas. Faltam as palavras e até as perguntas. É um reviver de histórias que, apesar do tempo, parece não se encontrar respostas nos livros ou mesmo junto de especialistas. São pais e mães que perderam os filhos de diferentes formas. Nem todos aceitaram falar do assunto. Outros pedem reserva de identidade e nenhum permitiu ser fotografado. Justificam que o tempo passa, mas a dor “mantém-se e nunca sarou. Uma ferida aberta e muito sofredora”. Fábio Xavier morreu vítima de afogamento, a 13 de março de 1996, quando frequentava uma aula de natação nas Piscinas Municipais de S. João da Madeira. Vinte e sete anos após a morte da criança, Alice Ferreira, agora com 56 anos, jamais imaginou que, há mais de duas décadas, viria a perder o seu primeiro filho (com 4 anos), numa aula de natação, e que aquele beijo da manhã seria o último. “É uma dor e uma ausência que não se explica, que nunca terá nome. Não há palavras para se descrever um sentimento tão dolorosa e cruel que nos mata a cada dia”.

 

Leia o artigo na íntegra aqui.